20.12.10

- contraste

É curioso como ao fazer um balanço da vida, deparamos com "pequenas expressões" criadoras de situações ou mesmo aquelas que expõem uma realidade que não gostaríamos de enxergar... Devemos então fazer uma única pergunta; se vale apena.
Certas feridas a nós direcionadas fazem-me concluir que o individualismo talvez sirva como um refúgio.
No primeiro eu me apego, ele não me fere.. ele é transparente.
Ele sempre foi o que é.

Com certeza é o melhor a seguir, caso contrário, nos sentiríamos mal. Não vale apena mesmo.
Melhor o "não mais sentir".
Quando não estou rindo, meu refúgio interior me basta.
Ele me faz feliz e não provoca, não fere.

E enquanto procuro alguém com quem compartilhar, os afasto cada vez mais do "modo interior" de eu ser.
Porque antes vivermos longe, que ainda nos sentirmos infelizes juntos.
Pois somos capazes de machucar profundamente o outro sem sentir a brutalidade que há numa singela expressão.

18.11.10

- há dias...

Hoje o silêncio não me é mas grato.
O sossego não é tão perfeito.
Mas havia dias em que me sentia vazia,
"Como um cansaço imenso e letárgico
se tivesse instalado sem pré-aviso"
e me possuísse o coração e o espírito.
Agora digo que o orgulho e a teimosia
nos conduzem cegamente a desejar
o que não temos, e é isso que nos motiva.

é, pelo menos, o que me motiva.

25.10.10

- só

Estranho ou não, eu precisava de mim.. mais do que já possuo, precisava de mim num outro, pra ouvir-me debulhar sobre aqueles "problemas". Pois só eu ouvindo-me, não julgaria com desleixo, não consideraria "bobagem", não faria me arrepender de tudo.

eu precisava tanto de mim.

- sem risos

Só precisava dizer isso...
que agora sinto-me mal, péssima, na verdade. Isso porque é qualquer sentimento de alguém que foi contrariada por uma ação involuntária de outro alguém.
Sinto que necessito de um espelho vivo para me aconselhar, porque das pessoas a minha volta, nunca sou estímulo a uma boa resposta.
Posso provocar aquele "toque" que magoa, mágoa que provoca-me lágrimas sufocantes.
Ou mesmo aquela inferioridade que não entristece, porém marca. Até para sempre.
Talvez eu seja sentimental demais, devia considerar menos o que me é dito.

aah, eu só precisava desabafar, tudo isso para silenciar minhas lágrimas.

18.10.10

- Há um tempo...

Sabe, aqui já me sinto tão à vontade... como uma daquelas meninas que já fui um dia, tentando manter um diário recheado de belos segredos tolos.
Aponto uma das semelhanças, como o fato de eu ler página à página das novidades que escrevia à outra pessoa.. podia ser ingenuidade, podia ser apenas costume. Isso comparado fato de sentir-me lisonjeada ou mesmo ou mesmo aquém das expectativas dos outros diante aos meus pensamentos escritos.
Acontece que sinto-me desabafando e procurando as palavras corretas capazes de se fazer entender, de me fazer entender.
E o que acontecia, era que mesmo que eu tentasse escrever "diariamente no diário", não tinha tantas novas, não tinha tanta vida.
Hoje eu ainda digo que não as tenho o suficiente, mas.. o pensamento, isso eu posso dizer que consegui.

- desfoca não!

Há tanto tempo não pronunciava-me, talvez pelo prevalecer do pensamento aqui já registrado, talvez pelo simples fato da omissão.
Acontece que estava orgulhando-me da pessoa que me tornei.
Não que agora não esteja, ainda sou quem gostaria de ser.. embora agora esteja inquieta, com vontades, com desejos.
Não que estes não já me habitassem há tempos, mas.. permaneciam reservados, escondidos e, principalmente controlados.
Agora já meio explicada minha euforia, juro que vou tentar focar, uma semana ao menos. Um dia talvez, aos poucos.
Mas enquanto sei que preciso controlar os pensamentos, eles voam, expandem-se diante a tal alvoroço. Não consigo controlar minhas próprias criações, assim que me sinto. Assim me senti,
ao menos por hoje.

13.9.10

- meu orgulho

Felizmente ainda tenho aquela confiança;
A plenitude do 'confiar em si mesma';
O orgulho de apostar as fichar no meu 'achar';
Não o de encontrar, o de pensar.

Felizmente ainda arrisco minhas mãos;
As arrisco nas palavras e pensamentos;
Penso que nada há de mais valoroso;
Do que crer-se nos meus fiéis momentos.

É o último resquício de segurança;
Devendo-me assim, acreditar enfim;
Somente: por mim, em mim;
O confiar mais puro que há.

Aquele que não trai, não engana;
Sim, erra, mas orgulha-se;
Somente de sempre ter confiado;
Confiado em si.

2.9.10

- Usando, deixando-se usar.

Hoje em dia dizer que não amo, que não gosto, que não compartilho daquele "amor carnal" em todos os momentos de minha vida, possa atrair milhares de olhos questionando tal acontecimento.
Sinceramente, creio que as pessoas vem subestimando o valor do amor, embora eu nunca tenha vivido um.
Não vivi um por ser psicologicamente estranha? Por ser talvez fria e distante? Por ter medo de que envolvimentos passageiros possam me prejudicar? Ou "apenas" por incompatibilidade de hábitos?
É, pode ser isso tudo junto, pode ser cada qual separado, ou mesmo nenhum deles.
Apenas confirmo minha inicial constatação, de que o amor não é o simples fim da carência afetiva. Menos ainda uma "necessidade" de apego, ou uma comodidade, uma grande atração.
Mas não condeno quem faz de um amor "tudo isso", afinal, não julgo todos os casos por alguns. Depois, desde que cada um desenvolva cedo, ou mesmo tarde, um "mero" bom senso, a vida será bem melhor vivida.

- Mais uma?

Hora sinto falta de algo, de alguém, hora sinto-me tão completa e independente.
Só sei que os sentimentos que tento expressar através das palavras perseguem-me por toda a eternidade.
Sinto e sentirei culpa por ter sido tão transparente à pessoas que ao menos um dia entenderão.
Pode ser apenas loucura, ou talvez eu realmente seja A estranha, ou somente Uma estranha.
Passei um tempo sem expor as palavras.. não que as deixasse abandonadas, apenas reservadas para um dia qualquer. Todavia, sei que muitas constatações são momentâneas, principalmente quando se vem à mente um turbilhão de emoções.

10.6.10

- Indefinição

Indefinida talvez eu me sinta, por deixar me a sós a pensar na vida, por imaginar o que poderia ter sido, mas não foi.
Nesse momento um vazio encheu-me de angústia, mas em pouco tempo a ternura tomou conta do que me parecia amargo, e alegrei-me com a vida.
Não sei ao certo o que falta, muito menos porque eu nego que não mais falte. Sou receosa diante a isto, e ao mesmo tempo "arriscadora" diante àquilo.
Uma definição que não consigo distinguir-me. Prevalece aqui a segurança? ou seria o medo?
Me dou conta que a muitos condeno por não arriscarem, mas o mesmo eu pratico.. em relação aquilo outro.

23.4.10

- Quase sonhos

Necessito confessar, aquele tempo em que conseguia a presença do sono sem a presença de meus pensamentos mais chulos se passou.

Hoje faço a solicitação de alguns prováveis desejos, reconhecendo que os impossibilito a cada pensamento.

Me angustia saber que meus quase sonhos poderiam ser invadidos, repreendidos. Ainda assim, são meu sonífero natural.

- Segurança

Ao fazer simples escolhas.. um lugar, uma posição minha, percebo facilmente uma daquelas características. Uma que não me atormenta, não me culpa.. apenas me distingue.

Decido-me ficar entre uma segurança e uma insegurança.

Uma parede e um companheiro.

É estranho, como algo tão curioso pode fazer com que me sinta tão protegida.. paralelamente, como alguém tão amável pode fazer com que eu mesma sinta-me tão vulnerável. O equilíbrio de que preciso, estava tão inalcançável e ao mesmo tempo tão frágil..

Então, lembro-me os capazes de me fazerem segura.. na verdade, lembro-me de alguém? Ou apenas de um sentimento vazio que poderia ter sido preenchido (mas não deveria!). Na verdade, sei apenas sobre aqueles que me permitiram os guardar, ou mesmo que não permitiram...

Mesmo que fosse errado, nada anti-ético ou imoral, apenas fora dos padrões e, principalmente.. fora dos MEUS padrões. Não protejo, não gosto, não posso.. eu o faço, involuntariamente.. por ele, o amor.

Sou sem aquele instinto.. esse, feminino.. da proteção. E se o tiver, faço a questão de escondê-lo.

E por outro lado, aproprio-me novamente da fuga, aquela.. tão velha conhecida minha, basta tentarem me fazer de objeto de proteção.. a protegida sua, que fico arisca. Chame de orgulho, de autoproteção.. mas, são meus, sou eu.

4.4.10

- de número 100.

"Sair por aquela porta e conhecer alguém sem precisar procurar no meio da multidão.
Alguém que soubesse se aproximar sem ser invasivo ou que não se esforçasse tanto para parecer interessante.
Alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse nossas máscaras, que segurasse minha mão e tocasse meu coração.
Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse, alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse.
Que me dissesse que eu canto mal, que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrada.
Alguém de quem eu não precisasse.. mas com quem eu quisesse estar sem motivo certo.
Alguém com qualidades e defeitos suportáveis, que não fosse tão bonito e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção.
Que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo.
Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito
, mas feito pra mim."

E quando nós lemos algo que nos traduz, nós realmente percebemos que não somos os únicos.

30.3.10

- Fuga

Esse é um de meus incríveis predicados, ou melhor.. piores defeitos
ao sentir-me pressionada, por mais contraditória que seja, essa opção está sempre ali; a menos trabalhosa, a mais convidativa de todas.
Por mais que os inúmeros ensaios psicológicos tenham sido bem sucedidos, eles serão em vão. Porque simplesmente no último suspiro, a fuga será a menos trabalhosa, a mais convidativa; ela estará ali.
Então, quando já estiver longe, e já não puder nada fazer, terei um confronto direto com minha consciência.
A única capaz de fazer-me vergonha perante a mim mesma.

- Liberdade

"A única maneira de se tornar livre é libertar suas sensações do jugo de sua própria mente".

E num lugar onde recebo isso, sinto-me vigiada. E apoio todas as palavras que limitam-me a vida.
Tornar-me livre hei se permitir sentir e provar, sem qualquer censura de minha consciência.

- Entre gigantes.

Bem ao escolher aquele ponto, qualquer ponto.. onde eu possa ficar, precise ficar. Ao escolher dentre todo o espaço, decido-me entre um parede e uma companhia.
São respectivamente minha segurança e insegurança. Estabilidade e instabilidade.

Então, mesmo com essa consciência que hoje me domina menos, não sei posicionar-me entre duas instáveis, duas incógnitas, duas incertezas.
Aliás, saber.. sei. Arrisco-me a traduzi-las.

Esse princípio que me faz organizar, planejar.. não combina exatamente em nada em relação as gêmeas.

É como atirar no escuro.
A parede, minha base
necessidade para que tudo conclua-se com o mínimo de instabilidade possível.

E quanto à duas seguranças? ah, é muito chato viver assim.
arrisque-se.
mesmo que ao lado de uma parede.

23.2.10

- Espero - REC

"Por que você me olha desse jeito
Como se você quisesse alguma coisa...
Alguma coisa que eu tenho ou não
Alguma coisa que eu...
...Tenho, que encontrar o meu caminho
Pra que eu possa compreender
Sozinho as coisas que...
eu não entendo!
Por que o amor é passageiro
De viagens sem destino
Como filmes sem roteiro."

- Quase sem querer - REC

"Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.

Mais não sou mais
Tão criança a ponto de saber
Tudo.

Já não me preocupo
Se eu não sei por quê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito:
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto."

- Quase amor - REC

"Queria consertar, tudo o que aconteceu
Mas na verdade sei que este erro não foi meu
Eu destilei meu sangue em algo forte
Pra que eu pudesse me sentir melhor
Mas do contrário eu me senti pior
E usei deste artifício pra ocultar a dor
Por ter perdido um quase amor."

- alguém

Então, me sinto como num noticiário.. de um prédio que desmorona, um habitat que vai a baixo.

Há tempos construí alguém, construí princípios.. que se mantinham mesmo fracassados. Mas numa simples brisa, tudo foi abaixo.. Algumas conquistas eternizadas, tudo simplesmente foi.. numa tentativa frustrada de experimentar o mundo.

Com certeza não é graças a 'vasta' experiência. Porém, sinto-me orgulhosa de mim mesma, ainda assim apenas simulando situações.

Quem sabe HOJE, eu una uma parte daquele alguém de Princípios.. com a lição daquele alguém que Arriscou.. e também a Felicidade desse alguém, Completo.

24.1.10

- falta

Sou daquelas, daquelas de transmitir sentimento.. ser sentimental até certo ponto. Embora reserve uma frieza singular ao ser tocada pelo que realmente impõe valor a todos.

Estranho seria se eu não sentisse falta dos abraços, os que me fazem viva, me fazem feliz.. mesmo que por instantes.

Sou daquelas, daquelas de negar o que eu sinto.. e dizer que não é nada daquilo. Talvez eu não sinta, quem pode provar afinal?

Embora assim seja, sinto falta.. sinto saudades dos teus olhos, sinto e sentirei falta eternamente.
Porque, para o eterno, restam somente as lembranças.
Terei a eterna lembrança de ti.

23.1.10

- recomeço

Dentre conversas e constatações, percebo que aqueles sonhos, os seletivos.. só pra embalar-me, aqueles que necessitam apenas de uma breve lembrança antes do sono.. eles, por minha felicidade, permanecem afastando-se cada vez mais. A tela em branco os toma um espaço cada vez maior, mesmo que me faça pagar o preço de me virar de um lado ao outro, retirar a fronha, ficar de ponta cabeça.

Não martirizo-me mais como antes, arrependo-me em silêncio das decisões tomadas, das atitudes equivocadas e, das chances perdidas.

Ansio ardentemente por mudanças, que façam por mim.. e façam de mim capaz de aceitar tudo o que fiz, assim como orgulhar-me de minhas escolhas.

Escolho então ser de uma maneira que nunca deveria ter deixado, junto a outra maneira que nunca conclui ser.

18.1.10

- esperanças

Então, depois desse tempo todo longe.. estive por aí, exposta a esse sol de rachar.
beem.. to 'um pouco' queimada '-'
mas.. estava dormindo assim, num colchão 'dos sonhos'. até que eu criei bastante historinhas por lá.
a cada detalhe de vida, um pensamento. Isso costuma ser bom pra esquecer passado.
aah, mas o letivo esse ano vai ser diferente, se não for.. eu o faço.

Sei lá, as vezes um espírito meio revolucionário nos faz dar conta do que já vivemos, nos arrependemos, desejamos deletar e etc. No meu caso, esquecer é a melhor e mais difícil opção.

Então.. eu desejo profundamente que eu seja diferente, em todos os aspectos possíveis, o que percebo hoje.. é que não só não aceito rotinas do dia-a-dia, como não aceito minha rotina de personalidade.

Como se pudesse trocar de papel, trocar de palavras e de ponto de vista.
Sinceramente não sei o que manter.
E muito menos se obteria sucesso em minhas sonhadas 'mudanças'.

Aí, eu sei que não sou assim como essas pessoas de dupla ou tripla personalidade e estado de espírito, mas o fato é que elas conseguem permanecer sem revoluções interiores por um bom espaço de tempo.

2.1.10