27.8.11

- Neblina

Vez ou outra sou vítima daquele clássico: "quem você é, de fato?" Pergunta, que ao meu ver.. sempre ficará suspensa quando feita em alto e bom som, aguardando uma resposta minha, que se espera breve e pontual.
Eu sou movida a transformações, excitações, platonicismo e culpas. Em resumo, eis a resposta para uns tantos que questionam-me tanto. Talvez não seja a resposta mais satisfatória, mas ao menos a única que pode ser ofertada tão escrachadamente.
Perguntaram se era medo, isso que me esconde.. Mas, é "apenas" uma repressão, uma ausência, uma camuflagem.
Quando posso me ver livre dessa neblina, alguns surpreendem-se, espantam-se, assustam-se, e divertem-se.
Faltam: a liberdade, a conquista e a responsabilidade para que eu possa de fato.. crescer e me ver livre da camuflagem, livre da contenção.

Quem sou eu? eu sou constantemente contida pela minha consciência..

1.8.11

- eu.

E ao mesmo tempo em que meu coração insiste em mudanças, a minha consciência bloqueia as possibilidades dessas. Deve ser essa a explicação de boa parte de mim; aquele primeiro possui, no inconstante, o combustível necessário para minha sobrevivência.. sobrevivência não, vivência. Enquanto a segunda, motiva o receio, talvez o medo de arriscar e, com certeza a comodidade.
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Mas eu gosto muito dela, ela é racional.. minha fonte de alto estima, porém ela é altamente paradoxal. A minha consciência.
Enquanto ele, pobrezinho.. não dava nada por ele, tão relevante e tão emotivo.. Mas ele demonstrou-se defensor da minha vivacidade, da minha energia, da minha vontade. Ele é meu coração.
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Como quando me isolo, quando ignoro meus profundos desejos, bloqueio meu coração e sou guiada pela minha mente. Mas quando passo a suprimir esse "eu", apenas afogo minha consciência em um mar de excitações, que é ele.. meu astro, meu coração.
Eu sou as duas, motivada por ambos, me faço assim..
Nem totalmente racional e nem totalmente insana.. sou um pouco de cada, quando bem me convém.. escolho uma e me deixo levar, até onde posso.. até onde aguento.