30.3.10

- Fuga

Esse é um de meus incríveis predicados, ou melhor.. piores defeitos
ao sentir-me pressionada, por mais contraditória que seja, essa opção está sempre ali; a menos trabalhosa, a mais convidativa de todas.
Por mais que os inúmeros ensaios psicológicos tenham sido bem sucedidos, eles serão em vão. Porque simplesmente no último suspiro, a fuga será a menos trabalhosa, a mais convidativa; ela estará ali.
Então, quando já estiver longe, e já não puder nada fazer, terei um confronto direto com minha consciência.
A única capaz de fazer-me vergonha perante a mim mesma.

- Liberdade

"A única maneira de se tornar livre é libertar suas sensações do jugo de sua própria mente".

E num lugar onde recebo isso, sinto-me vigiada. E apoio todas as palavras que limitam-me a vida.
Tornar-me livre hei se permitir sentir e provar, sem qualquer censura de minha consciência.

- Entre gigantes.

Bem ao escolher aquele ponto, qualquer ponto.. onde eu possa ficar, precise ficar. Ao escolher dentre todo o espaço, decido-me entre um parede e uma companhia.
São respectivamente minha segurança e insegurança. Estabilidade e instabilidade.

Então, mesmo com essa consciência que hoje me domina menos, não sei posicionar-me entre duas instáveis, duas incógnitas, duas incertezas.
Aliás, saber.. sei. Arrisco-me a traduzi-las.

Esse princípio que me faz organizar, planejar.. não combina exatamente em nada em relação as gêmeas.

É como atirar no escuro.
A parede, minha base
necessidade para que tudo conclua-se com o mínimo de instabilidade possível.

E quanto à duas seguranças? ah, é muito chato viver assim.
arrisque-se.
mesmo que ao lado de uma parede.