23.4.10

- Segurança

Ao fazer simples escolhas.. um lugar, uma posição minha, percebo facilmente uma daquelas características. Uma que não me atormenta, não me culpa.. apenas me distingue.

Decido-me ficar entre uma segurança e uma insegurança.

Uma parede e um companheiro.

É estranho, como algo tão curioso pode fazer com que me sinta tão protegida.. paralelamente, como alguém tão amável pode fazer com que eu mesma sinta-me tão vulnerável. O equilíbrio de que preciso, estava tão inalcançável e ao mesmo tempo tão frágil..

Então, lembro-me os capazes de me fazerem segura.. na verdade, lembro-me de alguém? Ou apenas de um sentimento vazio que poderia ter sido preenchido (mas não deveria!). Na verdade, sei apenas sobre aqueles que me permitiram os guardar, ou mesmo que não permitiram...

Mesmo que fosse errado, nada anti-ético ou imoral, apenas fora dos padrões e, principalmente.. fora dos MEUS padrões. Não protejo, não gosto, não posso.. eu o faço, involuntariamente.. por ele, o amor.

Sou sem aquele instinto.. esse, feminino.. da proteção. E se o tiver, faço a questão de escondê-lo.

E por outro lado, aproprio-me novamente da fuga, aquela.. tão velha conhecida minha, basta tentarem me fazer de objeto de proteção.. a protegida sua, que fico arisca. Chame de orgulho, de autoproteção.. mas, são meus, sou eu.